Em Os Anéis de Saturno, W. G. Sebald apresenta uma narrativa singular que desafia classificações convencionais. O livro começa como o diário de uma viagem a pé ao longo da costa de East Anglia, na Inglaterra, transformando-se em uma profunda meditação sobre a história, a memória e a decadência.
Durante sua jornada, o narrador entrelaça reflexões pessoais com digressões sobre figuras históricas e eventos marcantes, como Chateaubriand, Thomas Browne, Joseph Conrad, a Revolução Taiping na China e as consequências do holocausto. A prosa de Sebald é marcada por uma melancolia contemplativa, explorando as grandiosas e, por vezes, trágicas construções do espírito humano. O livro é uma fusão de ficção, autobiografia, ensaio e viagem, oferecendo uma leitura densa e arrebatadora que convida à introspecção sobre o tempo, a identidade e a fragilidade da civilização.
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