Na Idade Média o corpo é o lugar de um paradoxo. Por um lado, o cristianismo reprime-o constantemente («o corpo é a abominável vestimenta da alma» – diz o papa Gregório Magno). Por outro, é glorificado, nomeadamente através do corpo sofredor de Cristo («o corpo é o tabernáculo do Espírito Santo» – dia Paulo).
Este ensaio, que tem a marca de um dos maiores historiadores da actualidade, Jacques Le Goff, visa estudar o corpo nesse longo período de mil anos que vai do século V ao século XV. Para colmatar aquilo que, logo na introdução, se chama a história de um esquecimento. Os títulos dos quatro capítulos do livro dão uma ideia da sua riqueza: Quaresma e Carnaval, Viver e morrer na Idade Média, Civilizar o corpo e O corpo como metáfora.
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