Publicado originalmente em 1975 no México, Fantomas Contra os Vampiros Multinacionais é uma obra singular que combina narrativa literária, quadrinhos e ensaio político. Julio Cortázar, após descobrir que havia sido retratado sem autorização em uma edição da revista mexicana Fantomas, la amenaza elegante, decidiu responder criativamente. Utilizando as mesmas imagens da revista, Cortázar criou uma narrativa metalinguística que mistura realidade e ficção.
Na história, o próprio Cortázar é personagem e narrador, retornando do Tribunal Russell II, que investigava violações dos direitos humanos na América Latina. Ao ler a revista onde aparece como personagem, ele se vê envolvido em uma trama onde livros estão desaparecendo misteriosamente, e Fantomas é convocado para enfrentar os “vampiros multinacionais” responsáveis por esse ataque à cultura.
A obra é uma crítica contundente às corporações multinacionais e à censura, utilizando o formato de quadrinhos para alcançar um público mais amplo. Ao final, inclui as conclusões do Tribunal Russell II, reforçando seu caráter de denúncia política.
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