O Ano da Morte de Ricardo Reis é um romance de José Saramago que dá continuidade à vida do heterónimo de Fernando Pessoa, Ricardo Reis, após a morte do seu criador. A narrativa inicia-se com o regresso de Reis a Lisboa, no dia vinte e nove de dezembro de mil novecentos e trinta e cinco, após dezasseis anos de exílio no Brasil.
Instalado no Hotel Bragança, na Rua do Alecrim, o médico monárquico observa uma cidade mergulhada na melancolia e no início da consolidação do regime fascista português. O romance desenvolve-se entre dezembro de mil novecentos e trinta e cinco e setembro de mil novecentos e trinta e seis, período em que Reis interage com figuras como Lídia, empregada do hotel, e Marcenda, uma jovem hóspede com a mão paralisada, e é visitado pelo fantasma de Fernando Pessoa, recentemente falecido.
A obra explora temas como a solidão, a morte, a identidade e a responsabilidade individual perante a história, num tempo em que o fascismo se afirma em Portugal, Espanha e Europa. Saramago entrelaça ficção e realidade, criando uma narrativa labiríntica que reflete sobre a condição humana e o papel do indivíduo na sociedade.
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